Por anos, a Amazônia esteve no centro do mundo. Mas na
periferia do Brasil. Nesta quarta-feira, o presidente eleito Luiz Inácio Lula
da Silva iniciou, em Sharm El-Sheikh, uma transformação dessa postura.
E, em troca, vai pressionar por uma reforma na administração
do mundo, mais recursos de países ricos e uma garantia de que o país precisa
fazer parte das grandes decisões do planeta. No fundo, a viagem à Conferência
da ONU sobre o Clima, no Egito, não foi sobre o clima.
Ao subir no palco da COP27, Lula apresentou uma profunda
guinada na política externa do Brasil, usando justamente a Amazônia como
instrumento para promover uma nova inserção do país no mundo.
Fugindo sua peculiaridade de sempre falar sem ler um script, desta vez
Lula sabia que precisava seguir um roteiro.
O presidente eleito falou o que os países ricos queriam
ouvir: a redução do desmatamento será prioridade máxima do governo e a
cooperação internacional será necessária.
Fundos serão retomados e Lula criticou a destruição da
floresta, deixando claro que está ciente do papel da floresta para a
sobrevivência do planeta.
Lula ainda deixou claro que o Brasil estará na rota das
grandes cúpulas internacionais. Em 2023, uma reunião internacional entre os
países Amazônicos, em 2024 a cúpula do G20 com ênfase no clima e, em 2025, a
COP30.
Com isso, não apenas atrai a atenção do mundo ao Brasil.
Mas posiciona a diplomacia do país na condução da agenda internacional.
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