O efeito da alta dos combustíveis não vai se restringir às
bombas dos postos de gasolina ou às prateleiras dos supermercados,
inflacionadas com o custo do transporte. A conta de luz também vai subir.
O governo e órgãos do setor elétrico ainda fazem as contas,
uma equação complicada em função da volatilidade diária que domina os preços
dentro e fora do Brasil, mas o fato é que o preço do óleo diesel subiu, e esse
repasse é inevitável para bancar as operações de usinas térmicas movidas pelo
combustível.
Essas usinas, que são as mais caras de todas as fontes de
geração, já foram acionadas à exaustão até o fim do ano passado, por causa da
crise hídrica. Com as chuvas de verão, parte delas foi desligada, mas ainda
assim há centenas que continuam em operação, por dois motivos: o primeiro é que
essa geração ajuda a preservar os reservatórios das hidrelétricas para que eles
atravessem o período seco; o segundo é que as térmicas a óleo são, basicamente,
a única fonte de energia elétrica em centenas de municípios do Brasil que ainda
não estão conectados ao sistema nacional de transmissão de energia.
Em tempo
Seja qual for o motivo de acionamento das usinas a óleo,
quem paga mais essa conta é o consumidor.
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