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Rússia e China querem uma nova ordem mundial


Enquanto o mundo se encanta com a abertura da Olimpíada de Inverno orquestrada pelo cineasta Zhang Yimou e se espanta com o restritivo universo paralelo criado para isolar os participantes da competição, a história dá uma acelerada.

O retrato desse avanço é o encontro entre Xi Jinping e Vladimir Putin, politicamente a única coisa que importa nessa Olimpíada. “Sem precedentes”, nas palavras do próprio presidente russo ao desembarcar em Beijing.

A aproximação entre os dois maiores autocratas do mundo, já ancorada  num acordo para comércio bilateral nas respectivas moedas, tem consequências tremendas. 

O acordo de comércio direto entre Xi e Putin já permite abrir uma “porta dos fundos”, um caminho para pelo menos atenuar o impacto de futuras sanções econômicas.

O regime chinês tem interesse em não precipitar instabilidades que podem se voltar contra ele próprio, considerando-se o sistema de dominó que amarra todas as economias e suas próprias fragilidades internas.

 

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