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domingo, 24 de outubro de 2021

Pesquisa revela: Mais pobres sentem a inflação nos alimentos, e ricos nos combustíveis

O aumento da inflação no Brasil, com o IPCA, índice oficial de preços no país, tendo registrado alta de 10,25% no acumulado de 12 meses, tem impactado a população de maneiras distintas.  

A mais recente pesquisa EXAME/IDEIA mostra que os mais pobres sentiram a alta dos preços de forma mais intensa nos alimentos e bebidas. Já os mais ricos perceberam uma inflação maior nos combustíveis. 


A pesquisa EXAME/IDEIA ouviu 1.295 pessoas entre os dias 18 a 21 de outubro. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares.  


De maneira geral, a inflação foi mais sentida pelos brasileiros nos combustíveis (43%) e nos alimentos e bebidas (40%). Mas quando se coloca uma lupa por classe social, as proporções mudam. Nas classes D e E, a subida dos alimentos foi mais sentida por 56%, enquanto que para 48% das classes A e B, foram os combustíveis que tiveram a maior alta. 


Ao avaliar o mesmo número por renda, fica ainda evidente que os mais pobres sentem de maneira acentuada a alta dos preços na alimentação. Para 44% dos que ganham até um salário mínimo, os alimentos e bebidas foram os que mais pesaram no bolso. Já para 63% dos ganham acima de cinco salários, os combustíveis representam a maior percepção de aumento de preço. 


Preços dos combustíveis 


De janeiro a setembro deste ano, o preço de revenda dos combustíveis teve um aumento de, em média, 28% no diesel, 32% na gasolina, e 27% no gás de cozinha, segundo o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep). 


Para 45% dos brasileiros, este aumento é culpa do governo federal. Outros 28% acham que é dos governadores, 11% acham que é da Petrobras, e há ainda 16% que entendem ser culpa do mercado internacional.