Em razão da pandemia, a despedida do magistrado ocorreu em sessão virtual, por meio de videoconferência. |
O ministro Marco Aurélio Mello participou, ontem, da última sessão como magistrado do Supremo Tribunal Federal (STF), após 30 anos integrando a mais alta Corte do país.
Ele foi homenageado pelos colegas, por advogados e pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.
Durante o discurso de despedida, o ministro aproveitou para declarar torcida para o advogado-geral da União, André Mendonça, mas também desejou sorte a Aras na corrida pela vaga.
O Supremo suspendeu as atividades do semestre. Apesar de estar perto de pendurar a toga, Marco Aurélio continuará trabalhando em regime de plantão até o dia 12, pois decidiu não aderir ao recesso, que começa neste sábado (3/7).
Polêmicas
Se dependesse do ministro Marco Aurélio, o Supremo Tribunal Federal (STF) não teria criminalizado a homofobia, o inquérito das fake news não existiria e lactantes e gestantes poderiam trabalhar em local insalubre.
Além disso, as pessoas que estavam presas por condenação em segunda instância teriam sido liberadas no fim de 2018 e Renan Calheiros (MDB-AL) teria sido afastado da presidência do Senado em 2016.
Esses são apenas alguns exemplos de casos em que o ministro ficou vencido em julgamentos no STF nos 31 anos como integrante da corte. Conhecido por discordar da maioria e, às vezes, ficar isolado no plenário, ele acumulou diversas polêmicas nas mais de três décadas em que esteve na corte, período que irá acabar no próximo dia 12, quando terá que se aposentar.
A controvérsia mais recente, desencadeada após a soltura de André do Rap, um dos chefes Primeiro Comando da Capital (PCC), também não foi novidade na trajetória de Marco Aurélio. Antes desse caso, ele já havia mandado soltar o goleiro Bruno Fernandes, acusado de matar a ex-namorada, e votou para libertar Suzane Von Richthofen, denunciada por matar os próprios pais.
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