Um grupo de hackers invadiu o sistema de
informações do Exército e divulgou na internet quatro exames médicos feitos
pelo presidente Jair Bolsonaro no Hospital das Forças Armadas entre junho de
2019 e janeiro de 2020. Em todos esses testes, o mandatário se
identificou com seu nome de batismo, ao contrário do que fez com os exames para
covid-19, quando alega ter usado pseudônimos.
Os resultados entregues ao
Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira, 12, deram negativo para a
doença.
O Exército ainda está avaliando a dimensão do
problema. Em nota, a Força informou que "foram adotadas providências
imediatas para mitigar eventuais consequências". Após a conclusão de uma
investigação "serão desenvolvidas as ações técnicas e legais
necessárias", segundo o Exército.
Ao encaminhar laudos dos seus exames de
coronavírus ao STF na noite desta terça-feira, o presidente usou pseudônimos.
Em dois laudos, os nomes são de outras pessoas, mas o CPF e a data de
nascimento são de Bolsonaro. Num terceiro teste, ele é chamado apenas de
"paciente 5", sem citar nenhum número de documento.
Os exames de Bolsonaro só foram divulgados
após o Estadão entrar
na Justiça pedindo acesso a eles, alegando que a saúde do presidente em meio à
pandemia do novo coronavírus se trata de informação de interesse público.
O presidente já havia anunciado os resultados
negativos em redes sociais, mas se recusava a mostrar os laudos. Bolsonaro
entrou com recursos para evitar que a decisão judicial fosse cumprida.
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