Horas depois da saída de Nelson Teich do
Ministério da Saúde, o governo federal incluiu o medicamento cloroquina
entre itens essenciais no combate ao novo coronavírus, ao lado de leitos
de unidades de tratamento intensivo (UTI), equipamentos de proteção, testes e
vacinas contra a gripe.
Durante coletiva realizada com ministros ontem (15), o ministro da Casa Civil, Braga
Netto, exibiu uma tabela em que mostrou que 2.932.000 comprimidos do remédio
foram distribuídos aos estados pelo governo federal até 11 de maio.
Segundo pessoas ligadas ao governo, foi justamente por não recomendar o uso da cloroquina que Teich pediu para deixar a Saúde.
Segundo pessoas ligadas ao governo, foi justamente por não recomendar o uso da cloroquina que Teich pediu para deixar a Saúde.
A cloroquina não tem eficácia comprovada
cientificamente contra a covid-19. Há, inclusive, estudos que apontam que
a medicação pode agravar o quadro de doentes.
Bolsonaro, no entanto, insiste que o
Ministério da Saúde recomende o uso da medicação para os pacientes infectados.
Com isso, a tendência é que o próximo ministro escolhido pelo presidente
tenha como principal missão a liberação da droga.
O que é a cloroquina?
A cloroquina - ou sua variação,
hidroxicloroquina - é um medicamento usado principalmente em tratamentos contra
a malária. Além disso, também pode ser administrada ocasionalmente contra
artrite reumatoide e lúpus.
Há, no mundo, diversas pesquisas em curso
sobre a eficácia da cloroquina contra o coronavírus. Até o momento, ninguém
conseguiu comprovar que a medicação pode vencer o vírus sem causar outros
efeitos mais graves à saúde dos pacientes.
No Brasil, até agora, a cloroquina tem sido prescrita
por médicos somente em casos graves, quando não há mais alternativas de
tratamento. O remédio, portanto, é permitido, mas não é recomendado.
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