A tão aguardada reunião da Opep+, grupo
que reúne os membros da Opep e outros onze países produtores liderados
por Rússia e México, que aconteceu na semana passada e teve seus termos
ratificados no domingo (12), deve ter grandes impactos para os maiores
produtores do continente americano, incluindo o Brasil.
A expectativa de que ocorreria um corte
substancial da produção de petróleo, em consonância com a brusca queda, da
demanda foi frustrada.
Por trás dessa estratégia, está uma disputa
em torno de quem ditará as regras do mercado mundial de petróleo nas
próximas décadas. Segundo estimativas da Rystad Energy, o consumo de
petróleo no mundo deve cair cerca de 27,5 milhões de barris por dia neste
mês de abril, (uma queda de cerca de 28% da demanda global) e cerca de 19,1
milhões de barris por dia no mês de maio.
Por isso, as expectativas eram de que a Opep+
estabelecesse um acordo de corte inicial de produção de, pelo menos, 15 milhões
de barris por dia. Mas, o acordo fechado na reunião foi de apenas 10 milhões de
barris por dia.
O que isso significa?
Significa que, nos próximos dois meses, a
produção mundial de petróleo deve ficar num patamar (90 milhões de barris por
dia) ainda muito superior ao consumo petróleo (76,5 milhões de barris por dia). Ou seja, a menos que outros grandes
produtores façam um esforço semelhante ao da Opep+, o mundo será inundado
de petróleo barato.
Em tempo
O Brasil, que já havia anunciado uma redução
de 200.000 barris por dia da sua produção, pode realizar cortes ainda
maiores.
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