De acordo com o professor Flávio Lima,
coordenador do Projeto Cetáceos Costa Branca, o animal foi encontrado por um
pescador no Rio das Conchas, no município de Porto do Mangue. O homem resgatou
o animal e levou até a cidade, onde entrou em contato com a equipe de
especialistas.
-- “A ave está com óleo principalmente nas
asas, com dificuldade de voar, por isso ele conseguiu capturá-la facilmente“,
disse.
Esse é o primeiro caso registrado no RN,
no seu litoral, de uma ave atingida por manchas de petróleo cru, de origem
ainda desconhecida, que chega à costa do Nordeste desde o final de agosto.
O animal da espécie bobo-pequeno – uma ave
marinha – teve cerca de 25% do corpo coberto pela substância, segundo o Projeto
Cetáceos Costa Branca, que é o responsável por receber a fauna afetada pelo
óleo no estado.
Ainda segundo o professor, o bobo-pequeno
(que tem o nome científico Puffinus puffinus) é uma ave marinha que se alimenta
de pequenos peixes e crustáceos. A suspeita é de que o animal tenha sido atingido
pelo óleo no mar, enquanto pescava.
A ave foi levada para o Centro de
Descontaminação de Fauna Oleada, na UERN em Mossoró, onde inicialmente foi
atendida por médicos-veterinários, para estabilização e passa por limpeza nesta
sexta-feira (25).
Outros animais
Em todo o litoral nordestino, há registros
de pelo menos 41 animais encontrados oleados, mortos ou vivos, de acordo com
dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama). Os casos são registrados desde o início de setembro.
As tartarugas marinhas foram os animais
mais afetados até agora. Ao todo, 31. Mas o Ibama também conta com oito
registros de aves oleadas – sendo cinco mortas e três vivas – em Pernambuco,
Alagoas e Bahia – e um peixe. - O Portomanguense.
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