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domingo, 1 de setembro de 2019

Com sua retórica incendiária, Bolsonaro vai queimando o Brasil para o mundo



Ainda não é possível dimensionar a extensão do dano ambiental que a atual temporada de queimadas na Amazônia provocou. O estrago à imagem do Brasil, no entanto, já é uma realidade – tornou-se gigantesco, sem precedentes na recente história republicana.

Em oito meses de gestão, o presidente Jair Bolsonaro conseguiu um feito às avessas: aniquilou a reputação do País em um dos poucos setores em que brilhávamos soberanos, o da preservação das nossas florestas. 

Agiu como Nero, o Imperador tirano e autoritário que, para reafirmar seu poder, ordenou o incêndio criminoso em Roma no trágico 18 de julho de 64 d.C. Enquanto Roma ardia em chamas, Nero tocava sua harpa.¸

A chamada estação anual do fogo sempre existiu. É fato. Bolsonero sabotou, porém, todas as formas de combatê-la ao anunciar sua oposição às multas do Ibama, proibir que fossem destruídos equipamentos clandestinos na mata, questionar os dados do INPE, demitir seu diretor e romper com o Fundo Amazônia.

Especialistas são unânimes em afirmar que o grau de desmatamento é inversamente proporcional à fiscalização. Quando esta diminui, o outro aumenta. Se o mandatário inclina-se à permissividade, o sinal verde está dado para a valsa fúnebre das queimadas.