Durante evento em um templo da Assembleia
de Deus em Goiânia (GO), o presidente Jair Bolsonaro questionou na
manhã desta sexta-feira, 31, ao público presente, se não está na hora de o
Supremo Tribunal Federal (STF) ter um ministro assumidamente evangélico. O
presidente disse ainda que a Corte legisla quando discute a possibilidade de
equiparar homofobia ao crime de racismo.
“Então, com todo respeito ao Supremo Tribunal
Federal, uma pergunta: existe algum, entre os 11 ministros do Supremo,
evangélico, cristão assumido?”, indagou. O presidente também fez críticas à
imprensa. “Não me venha a imprensa dizer que eu quero misturar a Justiça com a
religião. Todos nós temos uma religião ou não temos. E respeitamos e tem que
respeitar. Será que não está na hora de termos um ministro do Supremo Tribunal
Federal evangélico?”, disse. O presidente foi aplaudido em pé por cerca de 40
segundos.
“O Supremo Tribunal Federal agora está
discutindo se homofobia pode ser tipificado como racismo. Desculpe aqui o
Supremo Tribunal Federal, que eu respeito e jamais atacaria outro Poder, mas,
pelo que me parece, estão legislando. E eu pergunto aos senhores: o Estado é
laico, mas eu sou cristão”, afirmou.
O presidente do STF, ministro Dias
Toffoli, anunciou que o julgamento sobre a criminalização da homofobia, marcado
para o dia 5 de junho, deverá ser retomado no dia 13 de junho. Seis ministros
já votaram para que a discriminação contra homossexuais, bissexuais e
transexuais seja enquadrada como crime de racismo até o Congresso Nacional
aprovar uma lei sobre o tema.
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