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Fraude contra o INSS em Mossoró pode envolver centenas de pessoas, diz delegado da PF



Por Maricelio Almeida/DeFato.com

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 6, a Operação IM(PPP)RÓPRIO, para apurar notícia de utilização de documentação falsa para obtenção de benefícios previdenciários perante o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Por volta das 7h30, foi cumprido mandado de busca e apreensão em um escritório de advocacia instalado na Travessa Mossoroense, Centro da cidade.

Até o momento, foram encontradas suspeitas de fraudes na concessão de seis benefícios, mas a PF estima que o esquema possa envolver centenas de pessoas.

Em conversa com o DeFato.com, o delegado da Polícia Federal em Mossoró, Igor Conti, explicou que a investigação teve início a partir de análise feita pela Representação de Inteligência Previdenciária (REINP) do INSS.

-- “Foi detectado que muitos benefícios estavam sendo requeridos com base em documentação falsa, em sua maioria Perfis Profissiográficos Previdenciários (PPPs), que registram os fatores de riscos aos quais o empregado é submetido nas condições de trabalho. Com base nesses fatores, as pessoas solicitavam ao INSS a concessão de benefício previdenciário com redução do tempo de contribuição”, destacou.

Segundo Igor Conti, o INSS estima, nesse primeiro momento, um prejuízo de R$ 3,6 milhões com base em apenas seis benefícios concedidos.

--“É um cálculo cumulativo. Por exemplo: a pessoa deixou de contribuir por cinco anos e nesse mesmo período ela passou a onerar a Previdência. Detalhe: estamos falando de seis benefícios, estimamos que esse tipo de fraude seja na casa das dezenas, talvez centenas”, revelou o delegado.

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