Numa ofensiva irresponsável, parlamentares
que sequer se reelegeram legam ao futuro governo despesas bilionárias, que
comprometerão o Orçamento do ano que se avizinha e dos próximos. Mais uma vez,
quem perde é o Brasil
No último dia 7, o presidente do Senado,
Eunício Oliveira (MDB-CE), surpreendeu a todos ao tirar da gaveta o projeto que
concede aumento de salário aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e
que estava parado na casa desde 2016.
Era só o início de uma queda de braço
entre o novo governo e o Congresso em torno do risco de uma mudança na relação
entre os poderes Executivo e Legislativo.
A equipe de Jair Bolsonaro promete reduzir
o toma-lá-dá-cá e esvaziar o modelo de presidencialismo de coalizão que se
estabeleceu no país desde a redemocratização.
Nos corredores do Centro Cultural Banco do
Brasil (CCBB), os integrantes do governo de transição falam de um novo sistema
no qual perdem força as negociações políticas tradicionais.
A nova operação, porém, precisa de
calibragem para não parecer uma imposição do Executivo sobre o Legislativo.
O problema é que, ao reagir, o Congresso
optou pelo pior caminho: uma ofensiva irresponsável, que joga no colo do novo
governo de um País que enfrenta uma crise financeira sem precedentes novas
despesas bilionárias.
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