Uma força que sempre acompanha governos
militares, seja no Brasil ou em outros países, é a tentação autoritária. A
experiência mostra que, historicamente, na maioria das vezes em que estiveram
no centro do poder e prestigiados, eles buscaram a ampliação do controle
social, tanto em ditaduras quanto em períodos democráticos.
Desde os momentos de maior prosperidade
econômica após o golpe de 1964, eles nunca se encontraram em condições tão
favoráveis para implantar um novo projeto de poder.
A eleição mostrou que voltaram vigorosos
depois de mais de 30 anos de um silêncio quase que obsequioso. Nesse momento,
parlamentares que apoiam o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) tentam,
por exemplo, aprovar uma lei que converte o ativismo político em ato terrorista
e criminaliza o movimento social, medida autoritária por excelência – projeto
que, dificilmente, será aprovado.
Há outras iniciativas que estão sendo
cogitadas, como a vigilância dos conteúdos transmitidos pelos professores nas
escolas. No Brasil, sempre que a presença militar na política se intensifica
mudanças profundas podem ser antevistas.
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