A
Região Nordeste, onde vive um em cada quatro eleitores brasileiros, é, neste
momento, o principal palco da disputa entre Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes
(PDT) pelo espólio lulista e por uma vaga no segundo turno da disputa
presidencial. A batalha entre o petista e o pedetista se acirrou nas mais
recentes pesquisas, lideradas por Jair Bolsonaro (PSL).
Nos
Estados nordestinos, o confronto Ciro-Haddad alcança seu nível mais elevado na
comparação com outras regiões. Enquanto o candidato do PT conta com a transferência
de votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – preso e condenado na Lava
Jato -, a campanha de Ciro acredita que poderá frear essa transmissão.
O
principal trunfo de Ciro é o forte apoio de que desfruta no Ceará, Estado que
já governou e cuja máquina é controlada por seu irmão, Cid Gomes, candidato ao
Senado pelo PDT. Apesar de ser petista, o atual governador, Camilo Santana, é
afilhado político dos irmãos Gomes e apoia Ciro.
O
crescimento de Ciro vinha sendo impulsionado principalmente pelo desempenho no
Nordeste. Mas, desde que foi oficializado como candidato do PT à Presidência,
no início desta semana, Haddad alcançou índices que o deixam em empate técnico
no segundo lugar com adversários.
Conforme
o Ibope mais recente, divulgado na terça-feira, 38% dos nordestinos afirmaram
que votariam “com certeza” em Haddad ao ser informados de que ele tem o apoio
do ex-presidente. Naquele momento, o petista tinha 13% das preferências no
Nordeste, ante 18% de Ciro.
Já
a pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira, 14, mostrou que Haddad
cresceu de 11% para 20% no Nordeste e Ciro oscilou para baixo, de 20% para 18%.
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