Estadão
Como
retaliação ao ataque com uso de armas químicas nos arredores de Damasco, há
pouco mais de uma semana, Estados Unidos, França e Reino Unido resolveram
intervir na noite desta sexta-feira, 13, no regime de Bashar al-Assad, na
Síria, e bombardear o país do Oriente Médio.
O
Pentágono anunciou que alvos, relacionados à contravenção ao acordo
internacional que proíbe o uso de armas químicas, foram atacados, como
depósitos em Damasco, onde teria armazenamento desse tipo de arsenal, e um
centro de pesquisa ligado à produção de armas químicas, também na capital
síria.
Em
pronunciamento, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a
investida militar na Síria deve continuar se não houver nenhum progresso ou
demonstração de que Bashar al-Assad interrompa o uso de armas químicas. O
mandatário americano disse que os EUA e aliados como França e Reino Unidos
estão preparados para uma resposta “contínua”.
A
Casa Branca se posiciona de forma contundente contra a Rússia e culpa Putin de
maneira direta pelos bombardeios que atingiram civis, nas imediações de
Damasco. “Em razão de sua inabilidade -ou recusa – de conter os crimes de
Assad, a Rússia deve assumir a responsabilidade por seu comportamento”, disse
Trump.
Fontes
ligadas ao Ministério das Relações Exteriores da Síria afirmaram neste sábado,
14, que o ataque coordenado por EUA, França e Reino Unido se trata de uma
“agressão bárbara e brutal” que não afetará a luta do regime para obter
controle dos redutos rebeldes do país.
‘Agressão’
contra soberania síria, diz Putin
Em
nota divulgada pelo Kremlin, o presidente russo Vladimir Putin condenou o
bombardeio retaliatório encabeçado pelos EUA, de Donald Trumpo. “A Rússia
condena duramente o ataque à Síria, onde militares russos ajudam o governo
legítimo a lutar contra o terrorismo”, disse Putin, em comunicado. “Com suas
ações, os Estados Unidos agravaram ainda mais a catástrofe humanitária na
Síria, levando sofrimento à população civil.”
O
governo do Irã também destacou o risco de “consequências regionais” aos EUA e
aliados. “Não há provas e, sem esperar o resultado da Organização para a
Proibição das Armas Químicas (Opaq), conduziram os ataques”, disse Teerã, em
comunicado divulgado nas redes sociais.
Segundo o Irã, vários dos locais
atacados conseguiram ser evacuados nos últimos dias, graças a alertas dos
russos.
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