“O que preocupa não é o grito dos maus, é o silêncio dos bons”.
Tenho
adotado um princípio em minha caminhada que se não poder ajudar, atrapalhar
também não vou. Acompanho desde umas décadas a política local, votando,
opinando, acertando e errando.
Errando,
não por omissão, mas por querer acertar.
Já
vi rivais darem as mãos, já vi grupo se rachar ao meio, já vi líderes se
levando, outros caindo, em fim, já vi um pouco de tudo e conheço as consequências de atos impensados.
O
estadista americano, num dia acordou inspirado e declarou uma frase genial: não pergunte o que sua cidade pode fazer por; pergunte o que você pode
fazer por sua cidade.
Ouço críticas
e mais críticas, umas verdadeiras, outras descabidas, simplistas, sem motivação
aplausível.
A
história do município registra épocas de superação, quando teve de ser reconstruída tijolo por tijolo.
Essas
lições do passado, sem dúvida, servem para exemplificar a envergadura que tem
nossa gente. Aprendemos a tirar leite de pedras.
Nesse
contexto, não posso falar do passado sem olhar o presente com espanto.
Estamos
diante de uma possível catástrofe política que poderá acontecer caso os
protagonistas levem ao extremo as dialéticas do próprio eu.
Conheço
Junior, conheço Luizinho de longas datas.
Com
Junior, nos áureos tempos do movimento estudantil, chegamos a participar de
vários congressos, inclusive da UBES, em São Paulo. A palavra de ordem era “declare
guerra a quem finge te amar”.
Tal
experiência não pode ser esquecida, já que convivemos com disputas ferrenhas infindas
dentro do movimento. Éramos os garotos que queriam mudar o mundo.
Foi
com Luizinho que atravessamos desertos, travamos batalhas. No tempo do PT choramos a derrota de Lula presidente em 89.
Embalamos nos sonhos de um novo país sem medo de ser feliz, como
manda o manual do esquerdismo. O tempo, senhor da razão, passou.
Lula se elegeu e o velho companheiro metalúrgico fez muito pouco do que dizia pelo Brasil.
Lula se elegeu e o velho companheiro metalúrgico fez muito pouco do que dizia pelo Brasil.
Aqui, eleito
e reeleito, ouvi o irrequieto Luizinho dizer que cansou de ser prefeito. Convenhamos, algo da boca pra fora né?.
O
ansioso Juninho, digamos, ainda nem sentou direito na cadeira. Até aqui não
pode reclamar da sorte. Estava no lugar certo na hora certa.
Enfim,
Juninho e Luizinho, aliados, amigos, primos, sonhadores não podem deixar ser
devorados pela fogueira da vaidade. Bem sei que um não tá caduco nem o outro maluco.
O
guerreiro Che Guevara, ao lado de Fidel Castro, dois símbolos revolucionários, tascou
uma frase que enriquece sua biografia: Endurecer sempre, mas sem perder a ternura
jamais.
E
justamente quando vemos a reaproximação de Cuba e EUA, não se pode querer que
Juninho e Luizinho caiam no erro de rachar uma família que sente hoje as “dores
de parto”.
Carnaubais
é do tamanho de todos nós juntos.
Pensem nisso, antes que se estabeleça a guerra das gerações!
Pensem nisso, antes que se estabeleça a guerra das gerações!
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