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Realidade: Estiagem afeta produção de castanha

Diego Carvalho – de Serra do Mel
Apesar da baixa produção, Pedro Nascimento, agricultor, 
insiste em colher castanhas – Foto Ednilto Neves
Serra do Mel - A estiagem e a invasão da mosca-branca prejudicaram o cultivo de caju no município de Serra do Mel.

De acordo com a Cooperativa dos Beneficiadores Artesanais de Castanha de Caju do Rio Grande do Norte (COOPERCAJU), integrada por 83 famílias da cidade, este ano, a expectativa é que a produção de castanha não chegue a 10% do volume médio atingido em ano de bom inverno.

De acordo com João Duarte, presidente da cooperativa, quando há regularidade de chuvas, a produção alcança o patamar de 15 mil toneladas. A estiagem deixou as famílias desanimadas.

O presidente da Coopercaju explica que, no município, predomina o cultivo do “cajueiro gigante”, uma espécie que precisa de muita água. Segundo ele, o tipo denominado “cajueiro anão precoce” consegue produzir com quantidade inferior de chuvas, mas ainda corresponde a uma parcela pequena nas plantações de Serra do Mel.

A castanha é o forte do município para vendas no mercado, uma vez que as famílias produtoras não conseguem beneficiar o caju. De acordo com João Duarte, para cada 1000 quilos de castanha, são perdidos 9000 quilos de caju. Habitualmente, a safra acontece de outubro a janeiro.


Atualmente, a caixa com 22 quilos de castanha custa entre R$ 26,00 e R$ 27,00. João Duarte confirma a importância da castanha na economia do município. -- “Apesar do petróleo, melancia, milho, feijão e ovinocultura, podemos afirmar que, sem o caju, a Serra do Mel não existiria”, concluiu.

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