Houve
um tempo em que jogadores não tinham opção: chuteira era preta. Hoje, toda a
gama de cores que se pode imaginar podem chutar uma bola. Ainda mais em Copa do
Mundo. Mas tem gente que não gosta muito desse carnaval nos pés, em que Neymar,
por exemplo, pode até jogar de dourado.
Um
padre russo está detonando a Copa e dizendo que o evento promove a “propaganda
gay”. E a culpa está justamente nas pobres coitadas das chuteiras. O
padre ortodoxo Alexander Shumsky tem uma coluna no site russo Russian People’s
Line, e foi lá que ele fez seu “desabafo”. O texto foi reproduzido pelo Moscow
Times, e diz que as chuteiras coloridas são uma referência ao arco-íris,
símbolo gay.
“Vestir
chuteiras rosa ou azuis é a mesma coisa que vestir calcinhas ou sutiãs”,
afirmou o padre.
“A
ideologia liberal da globalização quer claramente opor cristianismo e futebol.
Estou certo disso. Portanto, estou satisfeito que os jogadores russos tenham
falhado e, com a graça de Deus, não participam mais desta abominação
homossexual”, escreveu Shumsky.
O
caso é curioso e pode ser encarado como engraçado, mas reflete uma realidade
dura na Rússia, em que a homofobia é crescente. Isso gerou protestos também no
âmbito esportivo, a exemplo do que se viu nas Olimpíadas de Inverno, em Sochi.
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