A
sessão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara foi marcada ontem por
bate-boca entre parlamentares, sendo que o deputado Pastor Eurico (PSB-PE)
chegou a hostilizar e constranger a apresentadora Xuxa Meneghel, que realizava
agenda na Casa.
A
reunião foi tumultuada do início ao fim porque os deputados discutiam a redação
final da chamada "Lei da Palmada", que altera o Estatuto da Criança e
do Adolescente (ECA) e proíbe a aplicação de castigos físicos a crianças e
adolescentes.
A
bancada evangélica é ferrenha opositora da matéria - que aguarda votação no
colegiado há dois anos - e tentava evitar que ela fosse concluída.
Quando
Xuxa chegou para acompanhar a sessão, ao lado da ministra dos Diretos Humanos,
Ideli Salvatti, o clima tenso na reunião já havia provocado interrupção dos
trabalhos.
O
deputado Pastor Eurico hostilizou a apresentadora e disse que sua presença era
"um desrespeito às famílias do Brasil. A conhecida Rainha dos
Baixinhos, que no ano de 82 provocou a maior violência contra as
crianças", disse, referindo-se ao filme "Amor Estranho Amor",
daquele ano, em que Xuxa aparece numa cena de sexo com um adolescente de 12
anos.
A
fala, no entanto, ajudou a conturbar ainda mais a sessão, que acabou sem que o
projeto fosse votado.
Avisado da situação, o presidente da Câmara, deputado Henrique Alves foi ao colegiado e tentou intermediar um acordo: a CCJ deverá se reunir novamente nesta tarde para tentar aprovar o projeto.
Avisado da situação, o presidente da Câmara, deputado Henrique Alves foi ao colegiado e tentou intermediar um acordo: a CCJ deverá se reunir novamente nesta tarde para tentar aprovar o projeto.
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