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Esquecidos, jovens alcoólatras buscam refúgio no esporte em Carnaubais

Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios, diria o poeta Vinicius de Morais. Mas, por trás desses versos está uma realidade quem muitos fingem não ver.

É fácil condená-los com palavras do tipo "bebem para dormir e acordam para beber". "não temos nada com isso". Essa ideia, além de trágica do ponto de vista humanitário, carece de uma dose de reflexão.  Trata-se de pessoas dominados pelo vício, e por consequente fragilizados moralmente.

Na cidade desértica, um "clássico" no campinho... 
Hoje encontrei no campinho da cidade, no pingo do meio dia, esses cidadãos jogando bola. Estranhei. Sim, pois, todos os dias estão eles sentados em volta de um litro de pitu na praça.

Aproximei-me para fotografar os peladeiros. Todos felizes, embora o nível das jogadas não fosse lá essas coisas, aqui e ali surgia um drible desengonçado.

Depois, a resenha. Quem correu mais, quem perdeu o gol, quem é mais cansado...

A brincadeira reuniu pessoas de várias idades.
Bom, para mim, o fato deles jogarem bola, mostra uma iniciativa talvez desesperada de vencer a melancolia; um suspiro contra o tédio  e quem sabe a vontade em mostrar que estão vivos.

Poderiam ser, quem sabe, atletas profissionais. Porém, são homens dados a bebida. 

Falta ajuda; claro. Não existe nenhum programa do poder público para auxiliar esses homens. Cabe também às igrejas chegar com assistência espiritual.

Afinal, o grande ensinamento de Jesus Cristo é amar uns aos outros e isto se traduz em ações voltadas para socorrer quem está no fundo do poço. 

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