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Ações de ‘justiceiros’ crescem em todo o Rio Grande do Norte e desafiam a Polícia

Delegado Claiton Pinho diz que “não
se justifica agir por conta própria”.
Exercício arbitrário das próprias razões. A ação consiste em ordenar ou executar medida sem as formalidades legais. Em outras palavras, agir por conta própria ou fazer justiça com as próprias mãos.

Essa prática vem se tornando cada vez mais frequente e em vez de reduzir, vem aumentando a violência no país. Com a justificativa de não ter policiamento, ou que a justiça não funciona, a população vem cometendo atos, considerados pelas autoridades como de selvageria e retrocesso.

Vários casos envolvendo um grupo intitulado de ‘Justiceiros’ vem agindo no Rio Grande do Norte e o registro de vítimas inocentes vem preocupando as autoridades.

Os casos mais recentes no Estado de vítimas de justiceiros foram registrados nesta semana. Na noite de terça-feira, 11, na cidade de São José de Mibipu, um servente de pedreiro confundido com um ladrão foi detido por vigilantes de rua, amarrado pelos moradores e brutalmente espancado a socos e pontapés durante toda a noite.

A vítima teve que ser internada devido à gravidade do espancamento e ao final ficou comprovado que se tratava de um inocente. No dia seguinte, em Natal, adolescentes suspeitos de praticar um assalto foram detidos pela população em Natal, amarrados e espancados em via pública.

Segundo o delegado titular da Delegacia Especializada em Homicídios de Mossoró (DEHOM), Claiton Pinho, há que se ter muita cautela ao atribuir a alguém a autoria de um crime, porque em muitos casos pessoas inocentes são punidas.

-- “Não se justifica agir por conta própria e alegar ausência do poder público, esse tipo de atitude só gera mais violência”, frisou. 

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