[Este texto deveria ser lido em cada sala de aula]
O Brasil sediará a Copa do Mundo de Futebol e vai mostrar para o mundo todo
o quanto é precária nossa infra-estrutura. Estádios, aeroportos, transportes,
estradas, hotéis, comunicações etc.. tudo poderá não funcionar (bem).
No
mesmo ano a Coréia do Sul vai abolir os livros de papel em todas as suas
escolas: 100% dos alunos sul-coreanos usarão tablets eletrônicos. Um
programa de 2 bilhões de dólares conectará todos os alunos da escola primária
na internet. Em 2015 será a vez dos alunos da escola secundária.
Na
América Latina, neste item, destaque é o Uruguai, que tem um computador para
cada aluno da escola primária. A Coréia do Sul fez sua aposta na educação.
O Brasil, na prisão. A Coréia do Sul está entre as campeãs em avanços
educacionais. O Brasil é o campeão mundial (absoluto) no encarceramento de
pessoas.
A
Coréia do Sul está educando, o Brasil está prendendo. Enquanto a Coréia do Sul
compra tablets para seus alunos, o Brasil está construindo presídios,
ou melhor, campos de concentração.
Pesquisas
mostram que a Coréia do Sul é uma das campeãs mundiais no uso de computadores
pelos estudantes.
No
ensino médio, um para cada 7 estudantes. No Brasil, 1 para 33 alunos. De acordo
com o exame mundial PISA (que avalia o nível dos estudantes), no item
compreensão de leitura pelos alunos de 15 anos, a Coréia do Sul ocupa o segundo
lugar. O Brasil é um dos últimos colocados.
Nos
últimos 20 anos enquanto a Coréia do Sul investia massivamente em educação, o
Brasil, atendendo, sobretudo, a pressão midiática e o populismo punitivo,
gastava seus parcos recursos construindo presídios. Qual dos dois países está
preparando melhor seus jovens e adolescentes para a
vida futura?
O Governo, a sociedade civil, os partidos políticos e o mundo empresarial deveriam promover um sério e definitivo pacto pela educação, que começaria a produzir frutos notáveis entre 15 e 20 anos. Coréia do Sul fez exatamente isso. Já está colhendo frutos extraordinários.
O Governo, a sociedade civil, os partidos políticos e o mundo empresarial deveriam promover um sério e definitivo pacto pela educação, que começaria a produzir frutos notáveis entre 15 e 20 anos. Coréia do Sul fez exatamente isso. Já está colhendo frutos extraordinários.
E nós, estamos colhendo o que?
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