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Após oito anos em coma, morre Ariel Sharon

"Quem não é meu amigo, é meu inimigo" - ele não fazia concessões.

  
"Aharai, aharai!" - era o grito de guerra do jovem capitão Ariel Sharon. "Sigam-me, sigam-me!", gritava, e partia à frente das mais audaciosas e inesperadas batalhas da história militar israelense.

Os soldados iam atrás. Iriam onde quer que fosse, avançando sob fogo cerrado. Só recuariam se perdessem dois terços das tropas.

Se hoje o general Sharon gritasse aharai, Israel ainda o seguiria. Mas ele sofreu em 2006 um maciço ataque de um inimigo invencível, o próprio corpo de 77 anos, gordo, frágil, comandado por nervos de aço. 

Sharon encerrou uma controvertida trajetória na história israelense. Ele morreu neste sábado, aos 85 anos, depois de 8 anos em coma, informou o hospital de Tel Aviv onde ele estava internado. 

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