A concentração de recursos na União
transformou prefeitos em caixeiros viajantes em busca de convênios para poder introduzir mudanças qualitativas na
vida de suas populações.
A rotina do prefeito é pagar estritamente os gastos correntes de custeio da máquina, sem nenhuma capacidade de investi-mento com recursos próprios.
A rotina do prefeito é pagar estritamente os gastos correntes de custeio da máquina, sem nenhuma capacidade de investi-mento com recursos próprios.
Excetuando os
municípios que atingiram alto grau de industrialização, têm setor de serviços e
imobiliário sofisticados ou usufruem de royalties
de produção mineral, petrolífera ou energética, os demais 5 mil municípios dependem exclusivamente do
FPM.
Portanto, não só
há uma enorme concentração de recursos na União (70%) como a distribuição dos
impostos entre os próprios municípios é muito injusta no Brasil.
Alguns prefeitos
têm que fazer mágica.
A discussão sobre
um novo pacto federativo é agenda central no Brasil dos nossos dias.
Não faz
sentido prefeitos dos quatro cantos de um país continental ficarem de pires na
mão nos corredores da burocracia em busca de recursos para comprar uma patrulha
mecanizada, uma ambulância, uma ponte que a chuva levou ou um ônibus para o transporte
escolar.
É
preciso coragem para abrir mão de poder, entender a complexidade do Brasil e
descentralizar as ações. Ganhará nossa população com um governo mais ágil e
eficiente. - CF
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