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Coisas do Brasil: Mãe de jovem morto aguarda desde dezembro liberação para enterrar o filho

A dona de casa Maria Antônia Pereira da Silva luta há mais de seis meses para sepultar o filho José Dalvanei Alves Pereira.

Não que ela e a polícia desconheçam o paradeiro dos restos mortais. Eles estão no Instituto Médico Legal de Goiânia. Os dele e os de Luan Fernandes da Silva.

Ambos foram assassinados na madrugada de 24 de dezembro, no Novo Gama (GO). Apanharam e sofreram decapitação. E ainda tiveram a casa incendiada pelos criminosos.

Tudo porque eram homossexuais. Investigadores goianos desvendaram logo o caso e prenderam os suspeitos, mas as famílias das vítimas ainda não puderam fazer os enterros por falta de um aparelho de identificação.

Maria Antônia, 65 anos, e os parentes de Luan Fernandes nunca receberam qualquer satisfação por parte do IML goianiense. Muito menos assistência psicossocial do estado de Goiás.

Semianalfabeta, sem dinheiro para pagar advogado, ela vive dos R$ 640 da aposentadoria e do pífio lucro da comercialização de doses de pinga na venda improvisada montada na sala de casa.

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