A tendência de negócios em mais evidência no Rio Grande do
Norte é o setor energético. Há 597 empreendimentos da área no Estado. Os
maiores segmentos são o de energia eólica (380 empresas) e solar (179), segundo
a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
A potência fiscalizada (produzida efetivamente na prática)
das companhias potiguares somam 8,3 milhões de KW (Kilowatts). O valor é
considerado alto. Desse montante, 94% são provenientes das duas renováveis.
Segundo Edwin Aldrin, assessor técnico do Sebrae RN, as
companhias de energia eólica e solar se complementam. As placas solares
funcionam muito bem de dia, quando há bastante luz. Os raios de sol incidem
mais sobre o Estado por ele se localizar mais próximo à linha do Equador, no
meio da Terra.
Já os aerogeradores (equipamentos com grandes hélices que
lembram um ventilador) são mais eficientes à noite quando o vento é mais forte.
Segundo dados do Sebrae, a expansão da matriz elétrica tem
impulsionado a economia dos municípios da região. Das 10 cidades com o maior
Produto Interno Bruto per capita (por pessoa), 8 possuem parques de energia
eólicas instalados. São eles: São Bento do Norte, Pedra Grande, Bodó, Guamaré,
Parazinho, Serra do Mel, São Miguel do Gostoso e João Câmara.
O motivo: a construção de parques eólicos demanda diversos
materiais e prestadores de serviços. Isso ajuda a movimentar a economia das
cidades. É necessário a montagem dos parques, estudos ambientais, obras de
engenharia, terraplenagem. Fora isso, há os serviços acessórios como
hospedagem, alimentação, entre outros.
As cidades com os parques concentrados produzem riqueza
acima da média do Estado.
O município com mais parques de energia eólica é Serra do
Mel, com 36. Para energia solar, se destaca a cidade de Açu, onde se encontram
74 empreendimentos da área. Os dados foram compilados pelo Sebrae em um
relatório.
Fonte: Poder 360