O Comitê Científico de Combate ao Coronavírus do Consórcio
Nordeste, montado para acompanhar e auxiliar os estados da região no combate à
Covid-19, recomendou, neste sábado (26), a renovação das medidas restritivas
contra a doença, e reforçou o alerta apontando que a pandemia ainda não acabou,
mesmo que, recentemente, autoridades sanitárias tenham indicado que o fim dela
estaria próximo.
O estado de alerta se dá em decorrência do aumento de casos
observados nos últimos dias, depois que novas variantes da cepa conhecida como
ômicron foram identificadas no Brasil, sendo algumas delas originárias do nosso
país.
Considerando a situação atual e avaliando as condições da
pandemia em cada um dos estados do Nordeste, o Comitê Científico está recomendando
aos governantes estaduais e municipais uma série de medidas.
1 - Renovar medidas legais que obriguem o uso de máscaras de
boa qualidade em ambientes fechados ou com aglomerações, tais como transporte
público, academias de ginástica, restaurantes, cinemas, teatros, escolas e
universidades;
2 - Fazer campanhas amplas e massivas sobre a importância da
vacinação e retomar os programas de busca ativa de pessoas que não tomaram as
doses de vacina destinadas, incluindo todas as crianças de 6 meses a 5 anos, não
apenas aquelas com comorbidades;
3 - Utilizar as vacinas disponíveis para aplicar a 5a dose
em pessoas idosas e exigir que o governo federal adquira vacinas atualizadas
existentes no mercado para novas variantes;
4 - Aumentar a oferta de testes no SUS para a população,
seguido de rastreamento e isolamento dos casos identificados;
5 - Providenciar condições de manutenção dos indivíduos e de
suas famílias nos casos de isolamento;
6 - Garantir acesso a medicamentos eficazes, como o Paxlovid
e o Baricitinibe, para tratamento de Covid-19 e com indicações específicas;
7 - Divulgar sistematicamente os dados de infectados e
óbitos para que a população possa saber a real situação da pandemia no país e a
possibilidade do aumento de casos nos estados do Nordeste.
Em tempo
O documento aponta ainda que, de acordo com os números
obtidos no RN, o estado está entrando em um patamar considerado de “alto risco
crítico”.