Agência
Brasil
A chamada Black Friday está de volta nesta
sexta-feira, 27 de novembro. E, com ela, a oportunidade para
consumidores encontrarem produtos mais baratos e para comerciantes
esvaziarem seus estoques, de forma a renovar prateleiras e atender novas
demandas de seus clientes.
Muitas das ofertas exaltadas em vitrines de
lojas ou telas de computadores parecem ser imperdíveis. De fato, algumas são,
mas outras não. Seja por desejo, necessidade ou vontade, o ato de consumir
representa uma pequena realização, carregando com ela adrenalina, emoções e, em
alguns casos, decepção -- o que pode ser evitado, caso o consumidor adote
algumas precauções.
Pandemia
Para piorar, 2020 é ano de pandemia. Assim
sendo, é desnecessário que, para aproveitar a melhor de todas as ofertas, as
pessoas se aglomerem em lojas. Diante desta situação, vale ficar atento a
algumas dicas de autoridades da área de defesa do consumidor consultadas
pela Agência Brasil.
“O consumidor deve evitar aglomerações. Se
for o caso, o melhor é fazer as compras online para evitar
contato social”, sugere o diretor do Departamento de Proteção e Defesa do
Consumidor (DPDC), Pedro Aurélio Queiroz.
Compras online
Dados do Sistema Nacional de Informações de
Defesa do Consumidor (Sindec) apontam que as demandas de consumo via internet
“mais que dobraram” de 2019 para 2020, tendo como principais assuntos
vestuário, agências, operadoras de viagens e aparelho celular. Entre
os principais problemas registrados estão a demora ou a
não entrega do produto; cobrança indevida ou abusiva ou a falta
de pagamento de indenização.
Gato por lebre
Além dos cuidados decorrentes das alterações
que a pandemia causou na relação entre cliente e lojista, há também os cuidados
de sempre, que os consumidores devem ter para evitar comprar “gato
por lebre”.
Entre as dicas do Procon do Distrito Federal
está, em primeiro lugar, a de fazer antecipadamente o planejamento do que se
pretende comprar, “para não cair em tentação e acabar gastando mais do que pode
com ofertas que podem nem ser tão vantajosas”.
A ideia é comparar os valores praticados, “já
que é muito comum nesta época do ano o comércio elevar o valor dos
produtos, para depois baixar o preço, simulando um super desconto e criando a
sensação de oferta bem vantajosa”.
Denúncias via Procon
O Procon reforça que está aberto para ajudar
a todos consumidores, para casos como o não cumprimento de ofertas; publicidade
enganosa; prática abusiva ou qualquer outro desrespeito ao direito do
consumidor – algo que, segundo o órgão, pode acontecer até mesmo com os
consumidores mais cautelosos, que seguem todas as dicas apresentadas pelos
especialistas.