Os brasileiros com mais de 40 anos têm
fácil memória das estratégias das famílias para mitigar os efeitos da hiperinflação sobre a renda nos anos 1980 e
1990.
Há exatos 25 anos, chegava ao bolso dos
brasileiros um dinheiro novo, que materializou o plano econômico que conseguiu
domar a hiperinflação, causada pela dívida externa que disparou nos últimos
anos do regime militar e parecia ser impossível de ser contida.
Mas o Plano Real foi muito mais do que a troca do
dinheiro em circulação. Foi um processo de estabilização econômica que começou
em 1993, com o objetivo de acabar com a hiperinflação, que reduzia o poder de
compra do trabalhador brasileiro.
A inflação acumulada nos 12 meses, de
julho de 1993 até junho de 94, se aproximava de 5 mil por cento. No fim daquele
ano, a inflação oficial estava em 916% e caiu para 22% em 1995.
O Banco Central, a Casa da Moeda e o
Ministério da Fazenda organizaram a implantação do plano econômico em três
etapas.
A primeira foi com um ajuste fiscal. A
segunda fase foi marcada pela criação de uma unidade de conta, para padronizar
valores, a partir da URV, a Unidade Real de Valor.
Na última fase, iniciada há exatos 25
anos, finalmente se introduziu o real.