Feijão preto saltitante na panela
Se não me falta a memória foi na campanha de 1986. O governador Zé Agripinio, num discurso eloquente em Carnaubais, deitava falação pedindo voto para seu sucessor João Faustino, o João do Coração.
No pé do palanque estava o aluizista Chico (filho de Dedé Alves) segurando sobre o chapéu uma foto do velho líder Aluízio Alves, mostrava seu protesto em meio à multidão.
O gesto chamou a atenção de JAJA. – “Ei, você aí, não vota no meu candidato, mas comeu do meu feijão”, disparou o governador no microfone querendo “encurralar” o adversário.
Aos gritos, Chico tascou:
- “Home, se acanhe. Mandou aquele feijão duro e ainda vem passar na cara da gente!”. Riso geral.
...
(O feijão preto foi enviado para matar a fome do povo na longa seca de 80. No pagamento da famosa "Emergência” era distribuído o “pretinho” que se botava no fogo de madrugada e ao meio dia ainda estava saltitando na panela duro de doer nos dentes. Sem opção, o povo tinha de engolir)