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Novos linhões para transmissão de energia eólica custarão R$ 6 bilhões


Os prejuízos bilionários provocados nos últimos dois anos pela inexistência de linhas de transmissão para distribuir a energia gerada em parques eólicos já prontos levaram o governo a antecipar o planejamento de novas redes.

É uma tentativa de evitar a repetição de um velho problema.

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia, acaba de listar centenas de obras necessárias para garantir a chegada da energia dos ventos do Nordeste aos consumidores do Sudeste, onde está concentrada a maior parte da demanda.

Os estudos apontam que será preciso investir R$ 6 bilhões em 4.087 kms de novas linhas de transmissão para ampliar o alcance entre os Estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo.

Paralelamente, será necessário desembolsar mais R$ 600 milhões em interligações regionais, com 1,2 mil km de novas redes entre os Estados do Nordeste, segundo o relatório.

Os projetos têm previsão de conclusão até 2019.

Bolso. 


O atraso crônico nas linhas de transmissão tem custado bilhões ao consumidor de energia. Em 2012, quando os primeiros projetos eólicos ficaram prontos para entrar em operação, as linhas chegaram a atrasar até dois anos, o que adiou o início de operação dessas usinas para junho de 2014.

Esse descompasso custou nada menos que R$ 2 bilhões à população, dinheiro que foi usado para remunerar parques eólicos desligados já que eles cumpriram o cronograma de entrega da obra.

Ainda hoje há dois parques eólicos no Rio Grande do Norte e outro na Bahia concluídos, à espera de que um dia chegue a linha de transmissão.

O Brasil ocupa hoje o 11.º lugar no ranking dos países com maior capacidade de geração eólica em todo o mundo. No mapa nacional, a liderança dos ventos é puxada pelo Rio Grande do Norte, 60 usinas e 633 MW médios, seguido pelo Ceará (41 usinas e 621 MW médios) e Bahia (33 usinas e 328 MW médios). 


AE

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