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Perigo no Vale do Açu


Com base no estudo de Ivênio Hermes, especialista em política de segurança, o crime sem investigação e sem a continuidade punitiva da ação do Estado tem levado a população potiguar a sérios problemas de insegurança, e essa impunidade não será detida pelo policiamento ostensivo, pois a cadeia de policiamento está quebrada em um dos mais preciosos elos.

Se Polícia Civil está reduzida no interior e os esforços da Polícia Militar não são aproveitados como deveriam, o crime se endemiza e cria paradigmas no interior do Estado.

Vejamos a situação do Vale do Açu.

Observando os dados da Microrregião do Vale do Açu, está notória que a concentração dos crimes ocorre na cidade polo, Assú. Dos 26 homicídios ocorridos na região, 14 deles, 54%, ocorreram em Assú, seguida de longe, pela cidade de Ipanguaçu com 4 crimes, 15%.

Embora Ipanguaçu tenha apenas 4 homicídios, não significa dizer que o município esteja longe da estatística nacional, ao contrário, com seus 27 homicídios por 100mil/hab ultrapassa a marca nacional de 25,3 e Assú vem logo atrás com 24,84 mortes violentas por 100mil/hab.

E os perigos do vale não param por aí, a situação da Delegacia de Assú não é nada boa com sua responsabilidade pelos municípios de Assú, Carnaubais e Itajá.

Esses três municípios fazem parte da Microrregião do Vale do Açu, composta por mais seis municípios, recepcionando assim um alto número de ilicitudes, dentre elas os crimes de pistolagem e tráfico de drogas.

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