O
presidente da Câmara Federal, deputado Henrique Eduardo Alves – que comanda o
PMDB potiguar – tomou gosto pela articulação política com vista às eleições do
próximo ano.
Depois
que o seu partido rompeu com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), Henrique não
pensa em outra coisa: candidatura da legenda peemedebista ao Governo do Estado.
E já
iniciou entendimento com outros partidos políticos visando à formação de um
chapão, envolvendo PMDB, PSD e PT à majoritária.
Segundo
informações não-oficiais, Henrique Alves teria proposto ao PSB e ao PT
alternativas já decididas: o PMDB indicaria o candidato ao Governo e com
preferência voltada ao nome de Garibaldi Filho. O PSB indicaria a deputada
estadual Márcia Maia como candidata à vice-governadora e o PT, a deputada
federal Fátima Bezerra como nome ao Senado. O PT aceitou a proposta, mas o PSB
da vice-prefeita de Natal e ex-governadora Wilma de Faria rejeitou.
É que
Wilma quer a vaga ao Senado. E Fátima Bezerra não abre mão. É o único nó que o
PMDB precisa desatar à formatação do chapão.
No
cenário idealizado por Henrique Eduardo Alves, a chapa majoritária já estaria
formada e faltaria apenas resolver pendências envolvendo PSB e PT. Além disso,
alianças às chapas proporcionais também começaram a ser conversadas com algumas
legendas: PR, PP, DEM e outros.
No caso
do Democratas, a situação se complica. É que não se concebe o fato do
presidente nacional do Democratas, senador José Agripino Maia, estar dialogando
sobre formação da chapa proporcional com o PMDB, quando este rompeu
politicamente com a governadora Rosalba Ciarlini.
DEM
O
entendimento que se tem é que o DEM prioriza a chapa proporcional e estaria
deixando de lado a provável candidatura à reeleição de Rosalba. Em tese,
Agripino tem interesse em salvar o mandato do filho, deputado federal Felipe
Maia. É que, ficando isolado e sem perspectivas de aliança proporcional com
algum partido que acrescente votos, Felipe dificilmente se reelegeria.
PSD
No caso
do PSD do vice-governador Robinson Faria, a situação também é complicada. Ele é
pré-candidato ao Governo do Estado declarado e, em recente entrevista à
imprensa da capital, afirmou estar em sintonia com o PSD, PT e PDT, do prefeito
de Natal, Carlos Eduardo Alves. Disse ainda que não faria sentido convidar o
PMDB para integrar a oposição, mas não descartou a possibilidade de
entendimento.
PSB
Como se
vê, alguém vai sobrar na história. Ontem, quando cumpriu agenda em Mossoró, a
vice-prefeita e ex-governadora Wilma de Faria omitiu que tivesse conversado com
o PMDB. Falou apenas em entendimento com o PSD, PT e PDT. Certamente, ela
estaria insatisfeita com a proposta dos peemedebistas e, caso fique fora do
chapão idealizado por Henrique, poderia decidir por sair candidata ao Governo
do Estado. Algo que a deputada estadual Márcia Maia (PSB) já ventilou à
imprensa da capital. De
Fato