A 18 meses da eleição municipal, é delicada a
situação de boa parte da bancada de oposição na Câmara Municipal de Mossoró
(CMM). Com exceção de Marleide Cunha (PT), que tem uma sigla estruturada, os
outros 6 vereadores da bancada já enxergam dificuldades estruturais na montagem
de nominatas.
Allyson Bezerra (SDD) caminha para ter o apoio de um amplo
leque de partidos à reeleição, atraindo grande parte dos pequenos partidos, que
tradicionalmente costumam formar listas robustas de candidatos à CMM.
Dos bastidores, vem a notícia que Pablo Aires (PSB) estuda
desembarcar no Partido Verde (PV), integrante da federação PT/PV/PCdoB. É
provável que o PV receba outros potenciais candidatos. Por ser um partido
maleável, que não carrega as marcas ideológicas do PT e do PCdoB, a sigla tende
a atrair nomes que pretendem se beneficiar da força da federação sem ter de
vincular suas imagens ao PT.
A federação, capitaneada pelo Partidos dos Trabalhadores
(PT), pode formar um chapão na oposição mossoroense. Com o atrativo da
estrutura do Governo do Estado, caminha para ser guarida numa oposição que terá
poucas opções partidárias.
É pouco provável que legendas como o Movimento Democrático
Brasileiro (MDB), Solidariedade (SDD) e Patriota, que abrigam a maioria dos
parlamentares oposicionistas, consigam montar nominatas competitivas. Com a
estrutura de peso que já começa a ser mobilizada pelo Palácio da Resistência,
sede da municipalidade, atrair pré-candidatos será tarefa hercúlea.
Há muitas indefinições no campo oposicionista, onde os
desejosos de permanecerem ou chegarem à CMM ainda aguardam possíveis federações
partidárias. Federações que provavelmente não vingarão para as eleições
municipais de 2024.
No entanto, não há como negar o estreito alcance
partidário, em que até mesmo algum mandatário se veja obrigado a engolir o
prefeito Allyson e se filiar a um partido governista para preservar o mandato.
O salve-se quem puder começa a bater às portas no flanco oposicionista.
- Girotto