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Vice-governador diz que “é cedo” para decidir, mas PT tem pressa. |
Ser ou não ser candidato a governador em 2026. Eis a questão para Walter Alves (MDB). O vice-governador assumirá o Governo, em abril do próximo ano. Fátima Bezerra (PT) deixará o cargo para concorrer ao Senado. Chefe do Executivo, Walter Alves será candidato natural a governador?
Não é tão simples.
Fatores desestimulam o herdeiro dos Alves a topar a parada. O curto mandato, de nove meses, é um deles. Pode ser tempo insuficiente para imprimir sua marca. Outra questão é o quadro fiscal do Estado. Apenas contar moedas para pagar folha de pessoal, sem poder de investimento, é convite ao desgaste.
Histórico de derrotas
Ademais, o precedente histórico é desfavorável. Fernando Freire assumiu em 2002 um governo bem avaliado, de Garibaldi (pai de Walter). Iberê Ferreira herdou em 2010, de Wilma de Faria, gestão relativamente popular.
No exercício do mandato tampão, Freire e Ferreira foram candidatos a governador. Mas naufragaram nas urnas. E, para 2026, o cenário não é dos mais atrativos para o futuro governador.
Saindo pela tangente
Essas e outras questões deixam Walter Alves ressabiado. Ele tem sido aconselhado a assumir o Governo e não ser candidato. O plano: construir boas nominatas no MDB à Assembleia e à Câmara.
Se eleger dois deputados federais, ele ficaria ainda melhor na fita para assumir, na cota do partido, um bom cargo federal.
É pegar ou largar
Enquanto o vice-governador pondera, o PT aguarda. E quer logo essa resposta. Não vai esperar para 2026. Se Walter Alves declinar da disputa ao Governo, o partido terá que se virar. Natália Bonavides, Jean Paul Prates?
Em fim...
O fato é que Fátima Bezerra precisa de palanque para o Senado. E isto é prioridade do PT nacional. Alves sabe disso. [RC]
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