Os servidores do Departamento Estadual de Trânsito do Rio
Grande do Norte (Detran-RN), decidiram, em assembleia realizada nesta
terça-feira (25), encerrar a greve que já durava 20 dias, após decisão da
justiça ameaçar o corte de ponto dos trabalhadores que aderiram ao movimento
paredista.
Apesar do encerramento, o Sindicato dos Servidores Públicos
da Administração Indireta (Sinai-RN) alega que o movimento sempre esteve dentro
dos limites legais, discordando da decisão judicial que considerou a greve
ilegal.
De acordo com Alexandre Guedes, servidor do Detran e
coordenador de comunicação do Sinai, a decisão assinada pelo desembargador
Expedito Ferreira é absurda e cruel contra a categoria.
“O servidor, além de atacado no seu direito, pois o governo
ataca nosso direito de reajuste anual, a gente está sendo atacado no direito de
lutar”, diz Alexandre Guedes.
Segundo o servidor, a decisão da justiça potiguar foi
tomada com base em informações falsas do Governo do Estado. Alexandre alega que
o Sindicato sempre buscou o diálogo para garantir os direitos dos servidores, o
contrário da intransigência apontada pelo poder público e acatada pelo
judiciário.
“Não é verdade que a categoria e seu Sindicato foram
intransigentes. Pelo contrário. Buscamos sempre a negociação e o diálogo, que
não aconteceu por causa do Governo. Até o momento não há qualquer registro de
proposta ou contraproposta”, declara Guedes.
O fim da greve não significa o fim da luta. O Sinai aponta
que continuará cobrando o respeito aos direitos dos trabalhadores. “É momento
de dar um recuo sim, não é desonra nem vergonha. A assessoria jurídica vai
recorrer dessa decisão, e caso o governo não mude o seu método, nós voltaremos
a cobrar”, diz Alexandre Guedes.
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