O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse neste domingo (23) que o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC), assim como outras da categoria, o alavancou ao cargo, “algo, até então, impossível”, e ajudou a criar o Partido dos Trabalhadores (PT).
Lula também apontou o novo
presidente da entidade, Moisés Selerges Júnior, com mandado até 2026, como um
nome de peso nas articulações entre empregadores e empregados do setor, o que
pode gerar especulações sobre a possibilidade de ganhar projeção na esfera
política.
Em um gesto de fortalecimento de sua base, Lula participou
do evento que marca os 64 anos do SMABC e a posse da nova direção, em São
Bernardo do Campo. Também compareceram os ministros do Desenvolvimento Agrário
e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e dos Direitos Humanos e da Cidadania,
Silvio Almeida, e a primeira-dama, Janja Lula da Silva.
“Sempre ou era intelectual, ou representava banqueiro,
empresário, mas trabalhador trabalhador, nós somos a primeira experiência. E
temos a mais exitosa experiência deste país”, afirmou Lula.
Ao destacar o protagonismo e o engajamento de Moisés
Selerges, o presidente ainda deixou um recado a ele, frisando que não deve se
esquecer de que a mobilização coletiva “começa na porta da fábrica”.
Em seu discurso, Moisés lembrou que a resistência da classe
trabalhadora e dos movimentos sociais foi importante nos últimos anos: “É hora
de reconquistar a democracia, de reconquistar nossos direitos”.
Respeito
Durante sua fala, Lula ressaltou também que foi sua gestão
a que proporcionou melhores condições de trabalho em todo o país, estendendo a
garantia de direitos trabalhistas aos grupos mais suscetíveis, como o das
domésticas.
Lula declarou, ainda, que irá dedicar o tempo que resta no
Palácio do Planalto a melhorar a vida dos brasileiros e que seu compromisso
“não é com banqueiros”, e sim com a classe de trabalhadores. As prioridades,
completou, devem ser a geração de empregos, o incremento do salário e a
expansão do poder aquisitivo. “E você percebeu que o preço da comida está
baixando”, observou.
“Se nós produzimos carro, se nós queremos carro. Se nós
produzimos computador, nós queremos computador. Se nós produzimos roupa,
queremos roupa”, acrescentou, em referência ao direito dos trabalhadores de
ascenderem socialmente e consumirem o que produzem.
Para Lula, outra questão que exige atenção são os resquícios do bolsonarismo e, como consequência, o que chamou de retomada de um clima civilizado. “As pessoas não têm que se gostar, têm apenas que se respeitar”, ponderou.
Fonte: Agência Brasil
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