O jornalista Florestan Fernandes Júnior classificou
Anderson Torres, preso no sábado em Brasília, como um 'arquivo vivo' do
bolsonarismo e afirmou que o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública tem
histórico de participação em tudo relacionado ao recente golpismo da extrema
direita.
O jornalista lembrou que Torres determinou as ações da
Polícia Rodoviária Federal nas estradas do Brasil para dificultar a locomoção
de eleitores no segundo turno das eleições de outubro; acompanhou de perto a
prisão do Roberto Jefferson; esteve ao lado de Jair Bolsonaro (PL) na live mais
grave de contestação às urnas eletrônicas, e, durante a campanha, ele pediu
para instalar um inquérito contra os institutos de pesquisa, que apontavam a
derrota de Bolsonaro para o presidente Lula (PT) nas urnas.
O jornalista também opinou que é favorável à utilização da
delação premiada com Torres para a Polícia Federal descobrir quem mais esteve
envolvido no golpismo: “a tal delação premiada seria muito bem-vinda nesse
momento, que eu queria saber quais são as pessoas que estão envolvidas nesse
processo golpista. A dica são os personagens que foram para a Flórida se reunir
com o Bolsonaro”.
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