Única governadora eleita até o momento – a ela se juntará
Marília Arraes ou Raquel Lyra, em Pernambuco –, Fátima Bezerra foi
reconduzida ao cargo no Rio Grande do Norte de forma consagradora, com 58,13%
dos votos válidos no primeiro turno.
Após um início difícil no governo, a petista sacudiu a
poeira, deu a volta por cima e tornou-se poderoso símbolo em uma eleição na
qual as mulheres obtiveram um avanço tímido na conquista do poder.
Na entrevista a Carta Capital, Fátima analisou as
dificuldades enfrentadas pelas candidaturas femininas, as perspectivas do
segundo turno na disputa presidencial e relata seus projetos para os próximos
quatro anos.
A governadora está otimista. Segundo ela, há reais chances
de Lula aumentar sua votação no Nordeste. A íntegra estará no canal do YouTube
de CartaCapital.
Primeiro mandato
"Ao assumirmos em janeiro de 2019, pegamos um estado falido.
Se fosse uma empresa, teria a falência decretada. O estado nem sequer conseguia
pagar os servidores, havia caos na segurança pública, colapso no SUS, e por aí.
Formamos uma equipe muito boa, competente, com sensibilidade social, espírito
público e, apesar da pandemia de efeitos devastadores, conseguimos arrumar a
casa. Organizamos as finanças, quitamos as dívidas mais urgentes, sem descuidar
das áreas sociais, da segurança, educação, saúde. Conseguimos resgatar o
respeito e a dignidade dos servidores e recuperar a credibilidade, a confiança
dos investidores, do setor produtivo. A reeleição é o resultado desse trabalho
de reconstrução. A maioria do povo fez uma avaliação, sem falsa modéstia, que a
professora fez o dever de casa, mesmo com um presidente da República jogando
contra. Esse trabalho está associado a um fator fundamental, a perspectiva de
vitória de Luiz Inácio Lula da Silva. Lula presidente é melhor para o Rio
Grande do Norte".
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