Sem auxílio emergencial, desempregados sobrevivem com apoio de projetos



"Estou me virando como eu posso, faço bolo de pote e doces para vender, às vezes aparece alguma faxina, mas não está sendo fácil sem o auxílio, a pandemia ainda não acabou, está difícil arrumar emprego e a fome não espera", diz Patricia Silva dos Santos, 30 anos, que atuava como promotora de eventos, uma das categorias mais atingidas pelo desemprego durante a pandemia. Ela é uma dos cerca de 68 milhões de brasileiros cuja principal fonte de renda, em 2020, foi o auxílio emergencial, benefício criado pelo Governo Federal para minimizar os impactos econômicos da pandemia de covid-19 e que chegou ao fim.


Segundo dados do Ministério da Cidadania atualizados até 18 de dezembro, 68,2 milhões de pessoas receberam o auxílio emergencial enquanto mais de 35 milhões tiveram o pedido negado. Foram pagas nove parcelas para cada pessoa: cinco de R$ 600 e quatro de R$ 300, totalizando R$ 230,98 bilhões. Não haverá novos pagamentos neste ano.


Sem o auxílio emergencial e com o desemprego em alta, ações sociais e a solidariedade de pessoas comuns são essenciais. Assim como as meninas de Patrícia, diversas outras famílias ficaram sem o benefício neste ano, e por isso, dependem desses projetos.


Orgânico Solidário 


O Orgânico é uma iniciativa solidária, sem fins lucrativos, que leva alimentos frescos e saudáveis, em complemento à cesta básica tradicional, para milhares de famílias em situação de vulnerabilidade social agravada durante a pandemia do covid-19. A ação destina, semanalmente, centenas de cestas contendo frutas, legumes e verduras produzidas por uma rede de agricultores orgânicos, que neste momento também sofrem o impacto da crise econômica. Cada doação é uma contribuição social, econômica e ambiental, que auxilia famílias em risco de insegurança alimentar, ao mesmo tempo que estimula produtores rurais ligados a uma agricultura orgânica e sustentável.

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