O maior estudo já feito sobre a hidroxicloroquina no
Brasil mostrou que a medicação não tem eficácia no tratamento do novo coronavírus.
A medicação foi administrada por até 15 dias
e, no fim do período, nem o uso da cloroquina sozinha e nem quando combinada
com a azitromicina demonstrou algum benefício em relação ao tratamento padrão
para os casos da doença.
A cloroquina também não reduziu a mortalidade
do vírus e, em 15 dias, o número de óbitos para quem tomou a medicação foi
parecido com o dos outros tratamentos. Cerca de 667 pacientes participaram do
estudo, os homens eram a maioria e os voluntários tinham quadros leves ou
moderados da doença.
O estudo, feito pela união de hospitais
brasileiros batizado de Coalizão covid-19, foi randomizado e dividido em três
grupos, um que recebia o tratamento comum para a covid-19, outro que recebia o
tratamento comum mais uma dose de 400 miligramas da medicação duas vezes ao dia
e um terceiro grupo que tomava as duas doses da cloroquina mais 500 miligramas
de azitromicina por 7 dias.
Os resultados foram coletados entre os dias
29 de março e 2 de junho. A pesquisa também mostra que alterações em exames de
eletrocardiograma são mais comuns em pessoas que foram tratadas com a
cloroquina, bem como lesão hepática.
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