Diante do cenário incerto da pandemia do
coronavírus para os próximos meses, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está
especialmente preocupado com o possível “apagão” em uma etapa-chave do processo
das eleições municipais deste ano: a convocação de mesários.
O processo, que será deflagrado na primeira
semana de agosto, precisa reunir um exército de 2 milhões de pessoas, entre
voluntários e convocados. Os nomes que já atuaram na função em eleições
passadas são os primeiros no radar dos tribunais regionais eleitorais, mas
especialistas e ex-desembargadores temem que uma onda de atestados médicos e a
judicialização das convocações abram um vácuo sem precedentes na função.
Mesária em três eleições consecutivas, sendo
a última em 2016, a assessora Mayra Angels, de 28 anos, lembra que este ano os
representantes da Justiça Eleitoral que compõem a mesa receptora de votos terão
de ficar três horas a mais na sala de votação após decisão do TSE.
“Isso aumenta a exposição. A pandemia vai
assustar as pessoas que forem convocadas. Tomamos todos os dias cuidados dentro
de casa, mas há muito compartilhamento de material e documento para conferir no
dia da votação”, disse.
Para evitar um “apagão” de mesários, o TSE vai
lançar uma ação midiática no mês que vem. - “A principal preocupação do TSE é
garantir que as eleições municipais sejam seguras para eleitores, mesários,
servidores e quem mais trabalhar nos dias de votação”, disse ao Estadão o
ministro Luís Roberto Barroso, presidente do tribunal.
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