O presidente Jair Bolsonaro pediu a
governadores que apoiem o veto que pretende fazer ao projeto de socorro a
Estados e municípios para proibir que o funcionalismo tenha reajustes até o fim
de 202.
Acompanhado de ministros, Bolsonaro realiza
nesta quinta-feira, 21, uma videoconferência com governadores para discutir
ações relacionadas ao enfrentamento da crise de saúde e econômica provocada
pela pandemia do novo coronavírus.
Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), participaram da
videoconferência. Antes, tiveram uma audiência com Bolsonaro.
"Temos que trabalhar em conjunto a
sanção de um socorro aos senhores governadores, de aproximadamente R$ 60
bilhões, também extensivo a prefeitos", disse o presidente na abertura do
encontro. "O que se pede apoio aos senhores é a manutenção de um veto
muito importante."
Segundo Bolsonaro, congelar reajustes na
remuneração de todos os servidores públicos até o fim do ano que vem é o
"remédio menos amargo" para o funcionalismo, "mas de extrema
importância para todos os 210 milhões de brasileiros".
O presidente prometeu ao ministro da
Economia, Paulo Guedes, que vetaria o trecho do projeto que blinda uma série de
carreiras do congelamento, incluindo as de segurança pública. Da forma como foi
enviado ao Congresso, o congelamento garantiria uma economia de R$ 130 bilhões
para União, Estados e municípios. Depois das modificações feitas pelos
deputados e senadores, a economia caiu para R$ 43 bilhões.
A equipe econômica propôs o congelamento dos
salários de servidores como contrapartida à ajuda de R$ 60 bilhões. Agora, Guedes e Bolsonaro querem que os
governadores se comprometam a garantir que irão ajudar a manter os vetos que
barram reajustes salariais a categorias do funcionalismo público nas três
esferas. Guedes tem alertado para o risco dos estados usarem o dinheiro
destinado à saúde para conceder reajustes ao funcionalismo em ano eleitoral.
De acordo com dados oficiais, 8 milhões de
trabalhadores da iniciativa privada já tiveram salários cortados ou contratos
suspensos em função da pandemia. A expectativa do governo é que 73% dos
trabalhadores com carteira assinada serão atingidos.
Outros 50 milhões de brasileiros recebem o auxílio emergencial de R$ 600
por ficarem sem renda em decorrência da crise.
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