DESPERDÍCIO
O senador Major Olímpio acha que as eleições de outubro deveriam ser adiadas
para 2022 e o dinheiro das campanhas usado na saúde pública (Crédito: Moreira
Mariz)
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Políticos sugerem o adiamento das eleições
municipais com a prorrogação dos mandatos dos atuais prefeitos — e querem que
os R$ 2 bilhões do fundo eleitoral sejam usados para combater o coronavírus.
O coronavírus já mudou a vida dos brasileiros
de cabeça para baixo, mas muita coisa ainda pode ser alterada radicalmente. As
eleições municipais, marcadas para outubro, estão ameaçadas e podem ser adiadas
caso a pandemia se estenda até julho ou agosto.
É que nesse período ocorrem as convenções
partidárias para a escolha dos candidatos a prefeitos, quando normalmente há
grandes aglomerações, agora vetadas pelas autoridades sanitárias.
Se a pandemia não estiver debelada até lá, o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) poderá adiar o pleito para o fim do ano. Há
os que defendem que as eleições sejam adiadas para 2022, com a unificação da
escolha de representantes para todos os cargos eletivos. Nesse caso, os atuais
prefeitos teriam os mandatos prorrogados por dois anos. Para a implantação de
qualquer uma dessas alternativas, contudo, o Congresso precisa aprovar uma
Proposta de Emenda Constitucional (PEC) alterando a data das eleições.
“Qualquer iniciativa no sentido de adiar as eleições dependerá de mudanças no texto constitucional” Rosa Weber, presidente do TSE (Crédito:Divulgação) |
Dinheiro para a Covid-19
E essa proposta ganha corpo no Congresso. O
senador Major Olímpio (PSL-SP) apresentou uma PEC pedindo o adiamento das eleições
diante do agravamento da pandemia e a prorrogação dos mandatos dos atuais
prefeitos até 2023, com a unificação das eleições em 2022. O senador sugere
também que os R$ 2 bilhões do fundo eleitoral sejam destinados ao combate do
coronavírus.
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