Com autorização da Justiça, o goleiro Bruno voltou aos gramados
mais uma vez. Reapareceu com a camisa do Poços de Caldas, disputando metade de
uma partida amistosa, antes de voltar a Varginha, onde cumpre pena de 20 anos
pelo assassinato de Eliza Samudio.
Sua atuação e o placar final do jogo são irrelevantes. Condenado
em 2010, esta é a terceira tentativa de Bruno retomar sua profissão.
No Montes Carlos não chegou a entrar em campo, mas pelo Boa Esporte disputou cinco partidas pela segunda divisão do Campeonato Mineiro.
No Montes Carlos não chegou a entrar em campo, mas pelo Boa Esporte disputou cinco partidas pela segunda divisão do Campeonato Mineiro.
-- "Somos um clube que visa o lado social, um projeto novo
no mercado”, disse o presidente do Poços de Caldas, Paulo César da Silva. O
curioso é que a ressocialização do goleiro é algo bastante pontual, já que não
há histórico de outros jogadores nesta mesma situação.
Ainda que a Justiça garanta a Bruno oportunidades de trabalho no
regime semiaberto, pequenos clubes que o procuram buscam em sua imagem uma
forma de aumentar a visibilidade e, quem sabe, receita. A finalidade social
parece passar longe do objetivo principal desta aproximação. No fim das contas,
trata-se de uma aposta para transformar a amnésia seletiva em ação de marketing.
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