O município tem uma história de colonização peculiar. Datada dos
anos de 1970, com o intuito de atender a mão de obra ociosa das salinas
presente na região, que passaram por processo de mecanização deixando muitos
trabalhadores desempregados, o então governador Cortez Pereira
desmembrou uma área de aproximadamente 600 km² de municípios circunvizinhos
para a implementação do projeto de colonização baseado no modelo de
assentamento Moshav de Israel.
Serra do Mel, apesar do
nome, tem na castanha
o propulsor da economia desde sua fundação. |
As vilas possuem em média 59 lotes
de 50 hectares cada, centradas principalmente no cultivo de cajueiros e
culturas de subsistência, produzidos pelos agricultores familiares em seus
lotes, sendo 15 hectares com plantação de cajueiros.
Toda a população do município é, de alguma forma, envolvida com a produção ou beneficiamento da castanha de caju, garantindo trabalho e renda o ano inteiro para as famílias. |
Do Caju tudo é aproveitado. Do pedúnculo, rico em vitamina C e vitamina B12, é possível a produção de outros subprodutos industrializados como: doce, polpa, cajuína, carne básica do caju, bife, paçoca, omelete, cuscuz, sopa, mel natural, rapadura, bolo, geleia, pastel, pão, biscoitinho, hambúrguer, licor, dentre outros. Já a castanha de caju é rica em proteínas, calorias, carboidratos, cálcio, fósforo e ferro.
Recentemente, com a presença na região de inúmeras indústrias ceramistas e cimenteiras, um novo mercado se consolidou por meio da utilização da casca da castanha de caju como combustível para a queima dos fornos.
Ainda
que apresente um processo de beneficiamento artesanal e carente de
inovação tecnológica, onde o corte ainda realizado nos fundos das casas ou embaixo dos cajueiros , e tendo como principal mão-de-obra a
família, a produção de castanha de caju se concretiza como uma
atividade produtiva resistente e que mantem a tradição desde a criação do
município.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente, sua opinião é importante!