Os procuradores da Operação Lava Jato ironizaram
a morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia e o luto do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. Os integrantes da força-tarefa também divergiram sobre os
pedidos do petista para comparecer aos velórios de seu irmão, Vavá, e de seu
neto, Arthur, que morreu aos 7 anos, em março deste ano.
As mensagens foram
divulgadas nesta terça-feira, 27, pelo portal Uol, em parceria com o site
The Intercept Brasil.
No dia 24 de janeiro de 2017, Marisa
Letícia sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e foi internada no hospital
Sírio Libanês, em São Paulo. “Um amigo de um amigo de uma prima disse que
Marisa chegou ao atendimento sem resposta, como vegetal”, disse Deltan
Dallagnol, às 22h24. Dez minutos depois, o procurador Januário Paludo escreveu:
“Estão eliminando testemunhas”.
A ex-primeira dama morreu em 3 de
fevereiro de 2017. Um dia antes, a procuradora Laura Tessler, do Ministério
Público Federal (MPF) em Curitiba, disse que Lula usaria a morte de sua mulher
para se “vitimizar”. “Quem for fazer a próxima audiência do Lula, é bom que vá
com uma dose extra de paciência passa a sessão de vitimização”, afirmou.
Tessler também compartilhou um trecho de
um depoimento do petista, que afirmou querer que “os facínoras que fizeram isso
contra ela tenham um dia a humildade de pedir desculpas”. O chefe da
força-tarefa, Deltan Dallagnol, ironizou a fala de Lula: “Bobagem total…
ninguém mais dá ouvidos a esse cara”.
O ex-procurador Carlos Fernando dos Santos
Lima, no entanto, recomendou discrição. “Vamos ficar em silêncio sobre o fato e
esperar para ver como eles vão se comportar. Reação somente se passarem os
limites. Ninguém ganha falando contra quem morre ou contra a família”, disse.
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