Nesta quarta-feira, 14 de agosto, milhares
de mulheres saíram do Pavilhão do Parque da Cidade, em Brasília, para marchar
em direção à Esplanada dos Ministérios, centro de decisões chave para o País.
Segundo estimativas, elas são mais de 100
mil.
A Marcha das Margaridas é a maior ação de
mulheres da América Latina e entrou em sua sexta edição essa semana, inclusive com uma sessão solene na Câmara
dos Deputados para trazer a temática das camponesas.
Entre outras atividades estratégicas, ao
longo do dia, elas colocarão nas ruas as vozes, os corpos e os chapéus de palha
pelas demandas.
Bandeiras
A coordenadora nacional da Marcha, Maria
José Morais, explica que o movimento foi criado em homenagem a Maria Margarida
Alves, sindicalista assassinada em 1983 por enfrentar barões do açúcar em
Alagoas. Entre as principais pautas que unem as trabalhadoras rurais, a
coordenadora destaca uma “luta de classes” pela manutenção de direitos, como a
aposentadoria.
A questão da violência contra a
mulher nos interiores brasileiros é, para Maria José, a questão que mais lhe
tira o sono. “Não dão a importância necessária, fica invisibilizado. A gente
não tem, infelizmente, um instrumento para ter esse diagnóstico, para saber
como que é essa violência. Mas acontece feminicídio também no campo, e ele
precisa ser visto.”, completa.
Carnaubais está presente no movimento através
de uma comitiva de guerreiras.
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