Diante da expectativa de aprovação
da reforma da Previdência,
gestores estaduais de aposentadorias começam a se preocupar com a possibilidade
de que haja um “boom” de pedidos do benefício neste ano, pressionando os já
elevados déficits dos Estados.
Apenas São Paulo, Rio de Janeiro, Minas
Gerais e Rio Grande do Sul, somam, juntos, cerca de 100 mil funcionários
públicos em condições de se aposentar, mas que continuam na ativa.
O conjunto dos quatro maiores Estados do
País, pelo critério do PIB, dá ideia do tamanho do problema. São Paulo é o que
está em situação mais dramática. Estimativas da SPPrev, responsável pela gestão
da aposentadoria dos servidores, indicam que 60 mil trabalhadores teriam
direito a se aposentar por idade ou tempo de serviço.
Desses, 30 mil recebem o abono
permanência, adicional para aqueles que poderiam se retirar do serviço, mas
optam por continuar.
Apesar de a reforma previdenciária não
prever alterações para aqueles que já têm direito de se aposentar, há uma
apreensão com a possibilidade de que os servidores fiquem inseguros, com medo
de perder seus direitos adquiridos e acabem requerendo a aposentadoria.
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